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sábado, 30 de janeiro de 2010

A "Síndrome do TITANIC" . . .

Segundo seus idealizadores e construtores, o Titanic fora construído para ser o maior navio do mundo e, além disso, indestrutível.

Chegou-se a afirmar categoricamente que "Nem Deus afunda o Titanic", como uma forma soberba de ressaltar a grandiosidade daquela obra.

O luxo e o conforto transmitiam uma sensação de segurança, causando uma despreocupação generalizada, inclusive em meio à tripulação, quanto ao bom andamento da viagem.

Uma desatenção generalizada, seja dos sentinelas, seja dos comandantes, levou a que não se percebesse o perigo que estava porvir.

A destruição do Titanic constituiu-se na soma de alguns fatores como: erros estruturais na construção do navio, que não se encontrava possibilitado a realizar determinadas manobras; deficiências de comunicação entre os sentinelas e os comandantes; excesso de autoconfiança por parte de todos; incapacidade em perceber os perigos e a fragilidade do navio; e, finalmente, a soberba em não estar aberto aos sinais...

Muito bem! Onde está, aí, a "Síndrome do Titanic"?

Está justamente na incapacidade de alguns governos em perceber quando determinadas ações populares são provenientes de oposições ou quando realmente profetizam crises e fragilidades que advém.

Um exemplo bem marcante foi a manifestação popular do dia 25 de janeiro, segunda feira. Manifestantes saíram da entrada da cidade, à altura do bairro Angelim e percorreram grande parte da Avenida Ataliba Vieira de Almeida e outras ruas em direção à praça do povo...   ops...   não é mais praça do povo...    (vícios do costume)       é praça Irineu Veras Galvão.

A interpretação de algumas pessoas (afetadas pela "Síndrome do Titanic") foi a de que o movimento não tinha sentido e que partia de pessoas que estavam preocupadas tão somente com a tomada do poder no município.

Que tristeza perceber que estamos seguindo um caminho semelhante ao do Titanic, quando não se está percebendo o estado de crise que se anuncia.

Não se trata de oposição, pois os organizadores do movimento não foram pessoas dos grupos políticos polarizados. Foram lideranças sociais populares que nunca tiveram mandato e não fazem parte do poder local. O que se pretendia, na verdade, conforme o princípio budista apregoa, é o Caminho do Meio, o equilíbrio, a verdade sem excessos.

Se alguns políticos adentraram à passeata, não havia como impedir ou evitar. Todos são livres para manifestar-se com responsabilidade.

A prova de que os organizadores do movimento não eram ligados a grupos políticos de oposição é o fato de que não fora franqueada a palavra a políticos (ou pessoas a eles ligados) que participaram da manifestação.

Mais um triste sinal de crise é o fato de que houve pessoas (e entidades) que participavam da organização do movimento e que, quase que de última hora, retiraram seu apoio, o que se constitui uma incapacidade de reconhecer e discernir o joio do trigo. Mas não cabe aqui julgar ou condenar alguém. Cabe estimular a reflexão e o debate sério e lúcido.

Ainda, o fato de alguns políticos de oposição terem agregado-se à massa não caracteriza sua liderança e simpatia frente a esta, e nem descaracteriza a legitimidade e plausibilidade da causa. Demonstra, ainda, o perigo que os grupos políticos dominantes passam a correr de a oposição conseguir viabilizar um canal indireto de ataques, o que não se constitui objetivo das lideranças sociais que organizaram o evento.

MENSAGEM FINAL

O movimento desta segunda 25 não foi contra o Poder Público Municipal e nem contra a senhora prefeita. Na verdade, tratou-se de uma expressão popular do anseio de muitos que não estavam ali presentes e que clamavam por uma voz que se levantasse contra aquela situação deplorável em que se encontra especialmente a avenida e a entrada da cidade.

Não se trata da atribuição de culpa ou de fragilizar a administração. Trata-se, sim, de contribuir para que nossos governantes, e seus próximos, percebam o que há de mais urgente e problemático no município e que precisa ter dedicada especial atenção. 

Se o movimento não for visto dessa forma, então realmente podemos crer que estamos caminhando para um destino semelhante ao do Titanic. 

Jânio R. Ayres Teles
Secretário Geral
SINDCHAP 


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