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domingo, 30 de maio de 2010

PLANO DE AÇÃO CONJUNTA BRASIL-EUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . CUT participa em Atlanta de debate para a Eliminação da Discriminação Etnico-Racial e Promoção da Igualdade

Com o tema “Um chamado à ação”, a secretária de Combate ao Racismo da CUT Nacional, Júlia Nogueira, participou de 20 a 21 de maio, na Faculdade Morehouse, em Atlanta, na Geórgia-EUA, da reunião sobre o Plano de Ação Conjunta Brasil-Estados Unidos para a Eliminação da Discriminação Etnico-Racial e Promoção da Igualdade.



O Plano foi assinado em março de 2008 com o objetivo de eliminar a discriminação racial e étnica do cotidiano das respectivas sociedades, promovendo a igualdade de oportunidades nos dois países, que farão reuniões alternadas no sentido de envolver lideranças na resolução do grave problema.

“Foi uma reunião carregada de simbolismo, pois Atlanta é a cidade onde nasceu Martin Luther King Jr., o histórico líder do movimento pelos direitos civis nos EUA, assassinado por sua luta contra o racismo e a segregação”, relatou Júlia Nogueira, sublinhando que “ambos países vão ganhar com este intercâmbio”.



  • Debates reuniram lideranças sindicais e de governos
“De um lado temos a história de horrores e assassinatos da Klu klllux Klan e de um país que ainda tem universidades apenas para negros, devido ao arraigado e elevado preconceito existente. Do outro, temos o Brasil com o desafio de inserir os jovens negros no mercado de trabalho, com a negritude sendo ainda a principal vítima da violência e a maior parte da população carcerária”, explicou.

Luther King dá o nome há várias escolas e ruas na localidade, que ainda guarda marcas profundas da segregação, como a delegação cutista, representada por Júlia Nogueira eTelma Victor, secretária de Formação da CUT-SP e tesoureira do Inspir (Instituto Sindical Interamericano pela Promoção da Igualdade Racial), pode comprovar em suas visitas.


No museu que leva o nome do líder negro, um trecho de seu histórico discurso “Eu tenho um sonho – I have a dream” ecoa com força: “Eu não esqueci que alguns de vocês vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de vocês vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixou marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Vocês são os veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe calar no vale de desespero”.

“São palavras que nos estimulam a seguir em frente, da mesma forma que o exemplo deixado por Zumbi dos Palmares, João Cândido e tantos outros dos nossos heróis negros”, enfatizou Júlia.




Júlia Nogueira no Museu que homenageia a luta de Luther King
 
Em sua intervenção no evento o ministro Elói Ferreira, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), ressaltou a relevância do acordo celebrado entre os dois países, destacando que o racismo é uma chaga que para ser eliminada necessita de políticas afirmativas e de mobilização das sociedades. Entre os pontos elencados como prioritários está a ênfase no combate à discriminação no local de trabalho.



Entre outros desafios, a delegação brasileira colocou em pauta a necessidade de incluir a juventude negra no mercado de trabalho; elaborar estratégias comuns para combater a violência e diminuir a morte de jovens negros; e ações para proteger as trabalhadoras domésticas, já que 58% delas são negras e muito poucas possuem a formalização do vínculo de trabalho.

Após o painel “Empoderamento econômico e trabalho” houve a distribuição dos representantes em grupos de trabalho, onde a CUT e a AFL-CIO (central estadunidense) participaram como expositores no GT4: Organização Comunitária para uma Força de Trabalho Racialmente Diversa. Nesta mesa foi apresentado o debate construído no interior da Central, iniciado em 1992 com a criação da Comissão Nacional de Combate ao Racismo e a transformação desta comissão em Secretaria Nacional no 10ª CONCUT (2009), bem como as ações que serão desenvolvidas com base no planejamento realizado em 25 e 26 de fevereiro de 2010.

 
Integraram ainda a delegação sindical os companheiros da AFL - CIO William Lucy, Stan Gacek e Susan M. Washington.
Atualizado em ( 25/05/2010 )
Escrito por Leonardo Severo     
 

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