Finalmente, não tivemos o abono e ainda amargamos a angústia de quase ficar sem receber no dia 21.
O pior é que temos que reconhecer que o Governo Federal realmente não enviou os recursos previstos, o que nos deixou sem argumentos frente à crise que se anunciava. De um montante previsto de quase dois milhões de reais, chegaram aos cofres municipais apenas cerca de quinhentos mil, conforme confirmamos nos dados oficiais do Ministério da Educação.
Havia um saldo de quase oitocentos mil reais nos cofres do FUNDEB, o que possibilitaria um abono de cerca de quinhentos reais para cada professor. Contudo, com a redução do repasse, o saldo fora utilizado para complementar os recursos para pagar a folha que, segundo a prefeita, só foi possível devido à realocação de recursos diversos para o pagamento dos servidores.
E quanto ao abono, a prefeita não descartou a possibilidade. Contudo, isso será discutido mais adiante, em fevereiro ou março.
Em meio aos embates, avanços e retrocessos, a equipe do Sindicato fora alvejada por críticas vorazes por parte seja daqueles defensores da administração pública, pois acreditavam que estávamos cometendo excessos, seja por parte de pessoas de outros grupos políticos que, de certa forma, esperavam ataques mais incisivos do Sindicato ao Poder Público Municipal.
Procuramos não cometer excessos e nem agir com apatia. Agimos com o máximo de prudência e firmeza possível (marca presente desta gestão do Sindicato).
Não conseguimos avançar em alguns pontos, como a não nomeação dos servidores que passaram no concurso, além do não pagamento do abono. Mas conseguimos mostrar mais uma vez a força do SINDCHAP em mobilizar a opinião pública no sentido de garantir os direitos e as conquistas dos servidores públicos municipais. A cidade como um todo encontrava-se à espera de um desfecho positivo e de informações da comissão do Sindicato.
A Prefeita Danúbia reconheceu que o não pagamento dos salários no dia 20 ocasionaria uma crise no município de Chapadinha. Afirmou, ainda, que não gostaria de ser protagonista desse acontecimento, por isso resolveu fazer sacrifícios e pagar a folha.
Talvez em outros tempos não se teria esse cuidado todo em desgostar os servidores. Graças à atuação eficiente do SINDCHAP em toda essa situação, além das demonstrações de insatisfação, seja de pessoas de grupos políticos diversos, seja do próprio grupo político da prefeita, houve o pagamento dos salários conforme o costume.
A senhora prefeita afirmou, ainda, que tem passado a ver com outros olhos a pressão do SINDCHAP e da sociedade sobre sua gestão.
É isso mesmo! Reconheceu que o Sindicato adota posturas coerentes e que, dessa forma, consegue contribuir com seu governo.
Enfim, o SINDCHAP se põe à disposição da sociedade no sentido de possibilitar-lhe voz e vez na luta por melhores dias em nosso município.
Jânio R. Ayres Teles
SECRETÁRIO GERAL
SINDCHAP
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