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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Gandhi e o Araguaia

É emblemático o contraste entre duas iniciativas de transformação e luta social no que diz respeito às suas metodologias e seus resultados, apesar de o objetivo principal ser, de certa forma, o bem da coletividade. 

Trata-se do movimento revolucionário pacifista implementado por Gandhi na Índia e, ou outro, a Guerrilha do Araguaia, o corrida no interior do Brasil. 
Primeiramente, vejamos a conceituação básica de ambos os movimentos: 

"Guerrilha do Araguaia foi um movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tinha como o objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseado nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa.
 
Estima-se que o movimento, que pretendia derrubar o governo militar, fomentando um levante da população, primeiro rural e depois urbana, e instalar um governo comunista no Brasil, era composto por cerca de oitenta guerrilheiros sendo que, destes, menos de vinte sobreviveram, entre eles, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, que foi detido pelo Exército em 1972, ainda na primeira fase das operações militares. A grande maioria dos combatentes, formada principalmente por ex-estudantes universitários e profissionais liberais, foi morta em combate na selva ou executada após sua prisão pelos militares, durante as operações finais, em 1973 e 1974.[1] Mais de cinquenta deles são considerados ainda hoje como desaparecidos políticos.[2]
Desconhecida do restante do país à época em que ocorreu, protegida por uma cortina de silêncio e censura a que o movimento e as operações militares contra ela foram submetidos, os detalhes sobre a guerrilha só começaram a aparecer cerca de vinte anos após sua extinção pelas Forças Armadas, já no período de redemocratização." 



É intrigante e emocionante ver pessoas entregando a vida pelo bem da coletividade. É verdade! É também revoltante ver as forças militares massacrarem um movimento popular inspirado em ideais do bem comum.
Contudo, mais revoltante, ainda, é ver que tudo isso poderia ter sido diferente. A coragem, o conhecimento e a ética desses nossos heróis do Araguaia tornaram-se inócuos devido à falta de estrutura de combate e estratégia adequada para alcançar os objetivos. 
Por outro lado, o movimento revolucionário pacifista indiano, liderado por Mahatma Gandi, apesar de utilizar métodos que poderiam até ser considerados menos heróicos que os do Araguaia mas que, de certa forma, conseguiu ter um resultado mais eficiente. 

Vejamos o trecho a seguir: 

"...conhecido popularmente por Mahatma Gandhi (do sânscrito "Mahatma", "A Grande Alma") foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução.
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racismo, incluindo Martin Luther King e Nelson Mandela. Freqüentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa)." 

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mahatma_Gandhi



Qual a excepcionalidade do movimento de Gandhi e que o fez ter sucesso, em comparação com o movimento do Araguaia?

O segredo do sucesso foi uma visão estratégica de ação. 

De certa forma, uma atuação que poderia ter sido considerada "covarde" por ativistas políticos radicais foi, na verdade, mais eficiente que o uso da força ou do embate direto com o poder. 

Daí advém uma reflexão: 

Qual sindicalismo queremos e precisamos...    ?

       um sindicalismo radical e inócuo...     ? 

      ou aquele que está preparado tanto nos métodos quanto no patrimônio do conhecimento adquirido com a luta e com as diversas situações de estudo e debate com os supostos detentores do "poder", do "saber" e da "verdade"...      ? 

Qual sindicalismo queremos, na verdade? 

Pense nisso!



 FONTES DAS IMAGENS: 




 

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